
Os locais de grande aglomeração de pessoas são os mais protegidos. Em toda entrada de shopping há um policial com um detector de metais e explosivos. As bolsas são vistoriadas sem distinção. O mesmo acontece com as malas que chegam aos hotéis. A diferença é a presença de cachorros treinados para encontrar qualquer sinal de bomba.
Os carros também não escapam das buscas. Antes de entrarem nas garagens, os motoristas são obrigados a parar os veículos e abrir o porta malas. Além disso, um bastão com um espelho preso à parte de baixo é passado pela parte inferior do automóvel para não permitir que nada seja fixado. Nos aeroportos, táxis e carros de passeio passam pelo mesmo procedimento.
- É algo demorado, mas as pessoas entendem muito bem. Estamos fazendo tudo isso para a segurança delas – explicou o policial Ernesto Vega, responsável pelo cachorro Mateo em um dos hotéis da cidade.
A mudança no sistema de segurança de Bogotá começou em meados dos anos 90 com a implantação de um projeto social. Naquela década, o local era o mais violento da América Latina, com 80 homicídios a cada cem mil habitantes. Atualmente, o número chega a apenas 23 mortes, muito abaixo do Rio de Janeiro (50).
Para obter a redução na criminalidade, a cidade apostou na construção de delegacias, investiu em equipamentos para a polícia e melhorou serviços públicos, sobretudo a iluminação das ruas. Tudo com o dinheiro de dois novos impostos: um opcional no IPTU e outro telefônico, obrigatório.
A criminalidade nas ruas, porém, deu lugar ao temor pelos atentados. O último, elaborado pelas Farc, aconteceu em janeiro de 2009, quando duas pessoas morreram depois que uma bomba explodiu em uma locadora de filmes.
- Depois deste, passamos a atuar com mais força no combate. Felizmente, conseguimos encontrar explosivos em uma mala de um hotel há alguns meses. É sinal de que o processo está correto - completou Vega.
Para a partida entre Independiente e Corinthians, nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), pela Taça Libertadores, todos os torcedores serão vistoriados na entrada do estádio El Campín. No hotel em que o Timão está concentrado, somente hóspedes podem entrar, mas não há nenhum grande esquema de proteção nas ruas próximas.
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